Menina de 11 anos morre por meningite bacteriana em Confresa (MT); SMS de Vila Rica lança o alerta

Criança estava internada desde 16 de setembro e faleceu no dia 30

Por Simone Nascimento, com informações do Olhar Alerta Secretaria de Saúde de Vila Rica

Uma menina de 11 anos, moradora de Confresa, município localizado no nordeste de Mato Grosso, morreu na terça-feira, 30 de setembro de 2025, após lutar por duas semanas contra a meningite bacteriana. Ela estava internada desde o dia 16 de setembro no Hospital Municipal da cidade, para onde foi levada com sintomas iniciais de fortes dores de cabeça.

Logo na primeira noite de internação, a paciente apresentou piora no quadro clínico, sofreu convulsões e precisou ser entubada. No dia 18 de setembro, foi transferida em estado grave para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na capital Cuiabá, onde recebeu tratamento especializado.

De acordo com a secretária municipal de Saúde de Confresa, Taísse Helevit, a criança não apresentava sinais típicos de meningite durante o primeiro atendimento, o que dificultou o diagnóstico inicial. Um exame posterior confirmou a infecção apenas no dia 29 de setembro. Já em coma, a menina não resistiu às complicações da doença e faleceu no dia seguinte.

Ações preventivas após o caso

Com a confirmação do diagnóstico, a Secretaria de Saúde de Confresa anunciou medidas preventivas para conter riscos de novos casos. A partir desta quarta-feira, 1º de outubro, equipes da pasta, em conjunto com o Centro de Imunização, iniciaram ações nas escolas do município.

As atividades incluem a atualização do cartão de vacinação de crianças e adolescentes com até 15 anos, mediante autorização dos pais, além de palestras educativas sobre os modos de prevenção da meningite.

Alerta em Vila Rica

Diante da gravidade do caso, o município vizinho de Vila Rica também emitiu um alerta à população por meio das redes sociais. O comunicado informa sobre os riscos da meningite e reforça a importância de reconhecer os sintomas precocemente.

“Os sintomas iniciais podem ser confundidos com uma gripe comum, mas evoluem rapidamente. O diagnóstico e o tratamento imediato são cruciais para evitar complicações graves ou até a morte”, diz o alerta publicado oficialmente.


O que é meningite?

A meningite é uma inflamação das meninges — membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. A forma bacteriana é considerada a mais grave e pode levar à morte se não for tratada de forma imediata e adequada.

Além dos agentes infecciosos, a doença também pode surgir devido a processos inflamatórios, como câncer (com metástases nas meninges), lúpus, reações adversas a medicamentos, traumatismos cranianos ou cirurgias neurológicas.

Como ocorre a transmissão?

A meningite bacteriana pode ser transmitida de pessoa para pessoa pelas vias respiratórias, através de gotículas de saliva e secreções do nariz e da garganta. Também há risco de contaminação via fecal-oral, pelo consumo de alimentos ou água contaminados ou contato com fezes infectadas.

Principais sintomas

A doença apresenta sintomas graves e progressivos. Os sinais mais comuns incluem:

  • Febre alta
  • Dor de cabeça intensa e repentina
  • Rigidez na nuca (dificuldade ou dor ao encostar o queixo no peito)
  • Vômitos
  • Sensibilidade à luz (fotofobia)
  • Sonolência ou confusão mental
  • Convulsões
  • Manchas na pele

A orientação das autoridades de saúde é clara: ao primeiro sinal de suspeita, é fundamental procurar atendimento médico imediato.

Prevenção: vacinação é fundamental

A prevenção da meningite depende do agente causador, mas a vacinação é considerada a maneira mais eficaz de evitar a forma bacteriana. O Programa Nacional de Imunização oferece vacinas importantes, entre elas:

  • Meningocócica C (Conjugada):proteção contra o sorogrupo C
  • Meningocócica ACWY (Conjugada):proteção contra os sorogrupos A, C, W e Y
  • Pneumocócica 10-valente (Conjugada):combate doenças causadas pelo Streptococcus pneumoniae
  • Pentavalente:protege contra o Haemophilus influenzae tipo B, além de difteria, tétano, coqueluche e hepatite B

Cuidados cotidianos

Além das vacinas, medidas simples ajudam a reduzir os riscos de transmissão da meningite, como:

  • Lavar as mãos frequentemente
  • Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes
  • Não compartilhar utensílios pessoais

Conclusão

O caso da menina de 11 anos em Confresa acende um alerta para a importância da prevenção, diagnóstico rápido e vacinação em dia. Tanto Confresa quanto Vila Rica atuam de forma conjunta para garantir informações corretas e ampliar as estratégias de contenção da doença entre a população mais jovem.

GN Comunicação e Notícias

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