Em Mato Grosso, a safra 2024/25 de algodão apresenta resultados positivos, com a área cultivada mantida em 1,52 milhão de hectares, dividida entre 297,4 mil hectares de primeira safra e 1,23 milhão de hectares de segunda safra, segundo dados de setembro do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O prolongamento das chuvas contribuiu para o bom desenvolvimento do algodão de segunda safra, mantendo a expectativa otimista para a produtividade, projetada em 308,08 sacas por hectare — aumento de 5,61% em relação à temporada anterior. Com isso, a produção total estimada atinge 7,04 milhões de toneladas de algodão em caroço e 2,90 milhões de toneladas de pluma.
A colheita avançou rapidamente, com 76,66% da área projetada já colhida, aumento de 21,14 pontos percentuais na última semana, impulsionada pelas condições climáticas favoráveis.
No mercado, os preços registraram queda. O valor da pluma recuou 1,62% na comparação semanal, refletindo o aumento da oferta com o avanço do beneficiamento. A paridade jul/26 também caiu 1,58%, fechando a R$ 131,67 por saca, influenciada principalmente pela desvalorização do dólar.
Projeção
O Imea também atualizou a projeção de oferta e demanda de pluma para a safra 2024/25 em Mato Grosso. A oferta foi elevada para 3,50 milhões de toneladas, 1,12% acima da estimativa de agosto e 15,14% superior ao ciclo anterior. A demanda total ficou projetada em 2,72 milhões de toneladas, com crescimento de 11,25% ante a safra passada, motivada pelo aumento do consumo interno, resultado da ampliação da capacidade de uma indústria fiadora, e pelas exportações, que devem atingir 2,06 milhões de toneladas.
Com maior oferta e demanda aquecida, os estoques finais da safra 24/25 estão projetados em 780,66 mil toneladas de pluma, o maior volume da série histórica, consolidando Mato Grosso como protagonista no mercado nacional de algodão.
Midiajur/ANGELA JORDÃO
